terça-feira, 15 de julho de 2008
Dia de verão
Comparar-te a um dia de verão?
Tens mais doçura e mais amenidade:
Flores de maio, ao vento rude vão
Como o estio se vai, com brevidade:
O sol às vezes em calor se exalta
ou tem a essência de oro sem firmeza
E o que é formoso, à formosura falta,
Por sorte ou por mudar-te a natureza.
Mas teu verão eterno brilha a ver-te
Guardando o belo que em ti permanece,
Nem a morte rirá de ensombrecer-te,
Quando em verso imortal, no tempo cresces.
Enquanto o homem respire, o olhar aqueça,
Viva o meu verso e vida te ofereça.
William Shakespeare
Tradução: Jorge Wanderley
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2 comentários:
Saudades...
Verões com leves afagares de chuva também são revigorantes...
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