sábado, 14 de junho de 2008

Às vezes nos identificamos


Às vezes nos identificamos. Ninguém sabe
por que este sinal foi feito ou esta palavra dita.
Mas neles nos entendemos e são eles que nos rasgam
este véu de mistério, esta incompreensão patética.

Às vezes nos identificamos. Que anjos são estes
que nos estendem as mãos e nos reconduzem a nós?

Já não somos tão cegos, nem o sofrimento é inútil.


Às vezes nos identificamos. É uma palavra tão súbita,
desejo de perdoar, ou uma total certeza.

A alma fica mais leve, a solidão não pesa.
E a inocência voltando... E esta paz. Esta paz!


Emílio Moura

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